INTRODUÇÃO

Conhecida principalmente por suas belas garotas, a franquia “Dead or Alive” luta desde o primeiro jogo para ser reconhecida como uma opção tão atraente quanto os rivais “Virtua Fighter” e “Tekken”. Em sua quinta edição, a série chega ao PlayStation 3 e Xbox 360 com novo visual, novo estilo artístico e revisão da mecânica. Claro, sem esquecer de suas principais características: muitas lutadoras em trajes mínimos e uma dose generosa de itens desbloqueáveis..

PONTOS POSITIVOS

  • Novos lutadores
  • O plantel renovado de lutadores é a principal adição de “Dead or Alive 5”. A começar, os fãs de MMA curtirão a lutadora Mila, que apesar do porte físico, é bem forte e foca nos arremessos; há também Rig, um fortão que lembra Cole, de “inFamous” e enfatiza chutes de tae-kwondo, além da volta do velhinho Gen Fu e das três personalidades ‘convidadas’ de "Virtua Fighter": Akira Yuki, Sarah Bryant e Pai Chan. A chegada desses três últimos, aliás, é muito bem vinda para os fçãs da grife da Sega, já que mantiveram a maioria de seus golpes, claro, com algumas modificações para equiparar-se com a mecânica mais ágil do game da Tecmo.
  • Modos de jogo e conteúdo extra
  • Quem joga “Dead or Alive” desde o PSone sabe que o jogo sempre chamou a atenção pela coleção de roupinhas e lutadores extras, que são adquiridas após terminar o jogo. Em "Dead or Alive 5", porém, a Tecmo modificou um pouco isso e, apesar do modo arcade continuar oferecendo trajes, quem quiser  personagens extras ou todas as roupas terá de se aventurar também em outras modalidades.

    O Story, por exemplo, veio de “Dead or Alive Dimensions”. Assim como no jogo do 3DS, o jogador será apresentado a uma trama repleta de filminhos e desafios específicos que, além de servirem como tutorial, também testam suas habilidades com determinados lutadores. Ao fim desse modo, Gen Fu e os três convidados de "Virtua Fighter" estarãodisponíveis, além de uma vasta coleção de títulos para usar nas partidas online.

    Além disso, há modos como o Survival, em que o objetivo é sobreviver  em sete diferentes baterias de testes, o Time Attack, que registra os melhores tempos do jogador em outras sete baterias de dificuldade e o Training, onde você pratica seus combos contra um lutador parado ou com movimentos pré-definidos.
  • Novo visual
  • Fãs das garotas de "Dead or Alive", se preparem: as moçoilas estão mais maduras dessa vez. O novo estilo artístico adotado pela Tecmo fez com que as garotinhas de olhos esbugalhados ganhassem feições levemente mais realistas. A escolha foi muito acertada, já que conseguiu equiparar os antigo lutadores de "Dead or Alive" ao estilo mais fotorrealista dos recém-chegados de "Virtua Fighter", mas sem abdicar da sua identidade e proximidade com o estilo oriental de desenho.

    Além disso, graficamente o jogo se sai muito bem. A relação entre brilho, contraste, luz e sombras dos personagens é uma boa nova e deixa as lutas ainda mais realistas. Os cenários ficaram mais escuros, mas ao mesmo tempo, mais dinâmicos.

    Chama a atenção a forma como as roupas são modificadas durante a luta. Um cenário sujo faz com que o traje fique manchado no decorrer da batalha. Da mesma forma, dá para diferenciar os diferentes tecidos das roupas quando o lutador entra em contato com a água. Por exemplo, a meia da Kasumi fica diferente do kimono do Akira quando ambos estão lutando em um riacho.
  • Fácil de aprender, difícil de dominar
  • Jogar "Dead or Alive" sem compromisso não exige muita habilidade e experiência: um simples apertar rápido dos botões pode decidir a partida. No entanto, os guerreiros veteranos sabem que por trás dessa premissa simplista mora um complexo sistema de contra-ataques, em que revidar ataques com socos, chutes e agarrões no tempo certo é mais importante do que decorar todos os movimentos.

    Em "Dead or Alive 5", essas regras ainda valem, mas nem por isso a mecânica deixou de evoluir. A Tecmo incluiu um sistema de raiva que é ativado quando o lutador atinge 25% do total de sua vida. Chamado de Power Blow System, esse sistema permite ao jogador carregar um golpe capaz de arremessar longe o adversário, evitando que ele encaixe combos fulminantes.

    Outra característica da série, as armadilhas dos cenários retornaram, mas ganharam ainda mais efeitos dramáticos. Na zona de guerra, por exemplo, o jogador pode empurrar o oponente contra uma barraca. Após destruir a barraca, um míssil é lançado dos céus para acertá-lo, destruindo boa parte do cenário e consumindo um bom tanto de sua vida.

    Por fim, há o Tag Mode, que permite ao jogador disputar lutas em dupla contra o computador ou um amigo.

PONTOS NEGATIVOS

  • Online funciona, mas com ressalvas
  • “Dead or Alive” é um jogo que exige acionamento dos botões no tempo certo e uma animação fluente nos quadros é primordial para isso. Entretanto, a animação em 60 quadros por segundo não se mantém sempre no modo online. Apesar de a maioria das lutas ocorrerem sem grandes problemas, uma hora ou outra o jogo sofre com a queda repentina de quadros, atrapalhando principalmente os jogadores mais experientes.

    Aliás, o modo online também não inova em relação aos concorrentes, mas não faz feio: salas personalizáveis, tabela de pontuação e possibilidade de ‘baixar’ o estilo de luta do seu adversário para treinar.
  • Diálogos vazios
  • Ok, sabemos que as personagens ganharam um visual mais maduro e realista, mas há algo que permanece o mesmo desde o primeiro “Dead or Alive”: as vozes de criança das lutadoras e os diálogos vazios. Como exemplo, chega a ser vergonhoso ver repetidas vezes a ninja Kasumi se desculpando por começar uma luta. Esse é um problema recorrente em jogos de luta japoneses, que teimam em tentar provar para o jogador que a mocinha não quer lutar, mas não tem outra saída. Só que ver esse tipo de cena do começo ao fim do jogo é forçar um pouco a barra. Pior, a dublagem com voz de criança não ‘encaixa’ bem com o novo visual da lutadora.