“Counter-Strike: Global Offensive” é um excelente jogo de tiro em primeira pessoa. Quem se lembra do game dos meados dos anos 2000 vai se sentir em casa. É divertido relembrar mapas como Dust, Italy e Train e dá até uma vontade de chamar os amigos para jogar em casa.

Mesmo assim, é um jogo que mostra sinais da idade: não foram feitas atualizações nem adicionadas novas mecânicas que justifiquem voltar ao game que, em sua essência, é o mesmo de anos atrás. Vale para quem está com saudades e quer variar um pouco da mesmice de jogar “Call of Duty”.
  • Em novembro de 2000 foi lançada uma modificação de “Half-Life” chamada “Counter-Strike”. O game coloca uma equipe de forças especiais para enfrentar um time de terroristas, que têm o hábito de explodir locais e sequestrar pessoas importantes, todos controlados por jogadores em combates online ou em redes locais.

    A mecânica multiplayer conquistou LAN Houses do mundo inteiro, inclusive no Brasil, e agora , 12 anos mais tarde, o game chega em uma nova versão trazendo as coisas boas de “Counter-Strike: Source” - como física apurada e gráficos melhorados -, com o equilíbrio da última versão do game quando ele ainda era um simples mod.

    • PONTOS POSITIVOS

      • Mecânica continua atual

    • Não há como negar: “Counter-Strike” é um jogo extremamente viciante. Mesmo quem se afastou do game - seja pelo motivo que for -, vai se sentir em casa. Afinal, pouco da mecânica foi alterado e o que mudou foi para deixar o game mais realista.

      Um desses exemplos é quando você usa o telescópio dos rifles de precisão, que deixa a tela um pouco embaçada quando o personagem se move.

      Mas há novidades também, como a interface de compra, que agora é circular - o que facilita e muito a navegação nas versões para consoles. Novas granadas também aparecem, como o coquetel molotov, que dá liberdade para criar estratégias diferentes. No final das contas, a mecânica de comprar armas em todos os rounds favorece quem joga com cautela e estrategicamente.

      A versão de PlayStation 3 tem ainda suporte para jogar com teclado e mouse, além do controles de PS Move. Já no X360 não existem tantas variações de controle (nem suporte ao Kinect) e o modo de chat em grupo é desativado – afinal isso poderia ser usado para trapaças, e “Counter-Strike” é um jogo que leva muito a sério a competitividade.
    • Novos modos de jogo
    • “Global Offensive” traz dois modos novos: o Arms Race e o Demolition. Mesmo sendo bem distintos, ambos compartilham de um descontraído espírito arcade e favorecem o confronto direto.

      Em Arms Race, o jogador ganha novas armas ao matar um adversário e passa por todas até chegar ao momento que se vê forçado a usar apenas a faca. São 26 armas no total e vence quem conseguir usar todas elas com sucesso ou quando o tempo se esgotar.

      Já em Demolition o esquema é o mesmo das missões de explosão, mas em cenários menores e com mais contato entre os times.  Além disso, o jogador só usa novas armas quando mata alguém do time adversário.

      Em todo caso, essas novas modalidades garantem um fôlego extra para quem é veterano e diversão imediata para quem ainda engatinha no game de tiro da Valve.
    • Visual bonito
    • "Counter-Strike: Global Offensive" é muito bonito. É até estranho dizer isso, tendo em vista que a Source Engine, uma ferramenta de 2004, já não faz gráficos tão elaborados como a CryEngine (de “FarCry 3”) ou a Frostbite 2 (de “Battlefield 3”). Cenários como Aztec ou Italy são bem detalhados e divertidos de serem revisitados.

      Existem efeitos de luz dinâmica e fumaça volumétrica que enchem os olhos e esse resultado pode ser obtido mesmo em computadores com placas mais populares – leia-se: não muito caras.

      Por outro lado, é notável a queda de  qualidade gráfica nos consoles, principalmente no PlayStation 3, que mostra texturas mais lavadas e com taxa de atualização em 30 quadros por segundo - uma qualidade bem abaixo do que estamos acostumados a ver em jogos atuais.

    PONTOS NEGATIVOS

    • Poucas novidades
    • Faltam bons motivos para justificar o retorno de "Counter-Strike". Por mais que bata a saudade de reunir amigos para um 'corujão' em uma LAN House, fica a pergunta: por que jogar "Global Offensive"?

      As duas novas modalidades e os mapas inéditos não são motivos suficientes para voltar ao mundo de “Counter-Strike”.  O mais provável é que, a longo prazo, as pessoas continuem jogando o modo clássico de “Counter-Strike” e nos mesmos mapas de sempre (Aztec, Dust, Italy etc.) - e se divertindo como sempre aconteceu nas versões 1.6 e “Source”.